Recentemente houve uma operação que vasculhou as subcontratadas das principais marcas no Brasil, entre elas a Zara. Em duas oficinas no estado de São Paulo foram encontrados 15 pessoas realizando o trabalho escravo e entre elas havia uma adolescente de apenas 14 anos.
“Por se tratar de uma grande marca, que está no mundo todo, a ação se torna exemplar e educativa para todo o setor”, disse Giuliana Cassiano Orlandi, auditora fiscal que participou das etapas da fiscalização.
Além dos trabalhadores escravos, foram encontrados também contratações totalmente ilegais, trabalho infantil, condições degradantes, jornadas exaustivas de até 16h diárias e cerceamento de liberdade, dado através de descontos no salario já pequeno ou pela proibição de saída do local.
Do lado de fora as oficinas parecem residências, porém todas possuem poucas janelas sempre fechadas e com tecidos escuros para impedir a visão do que acontece do lado de dentro daquelas oficinas improvisadas.
As cadeiras onde os "trabalhadores" ficavam sentados por mais de 12 horas diárias eram completamente improvisadas, colocavam espumas para torná-las mais confortáveis e mesmo assim quase nada melhorava. As máquinas de costura não possuíam aterramento e tinham a correira e os fios expostos.
Segundo o grupo Inditex (proprietário da marca Zara), será feito um reforço na revisão do sistema de produção para garantir que não haja outro caso desse. “Estamos trabalhando junto com o MTE para a erradicação total destas práticas que violam não só nosso rígido Código de Conduta, como também a legislação trabalhista brasileira e internacional”.
Eu não sei vocês mas eu comprava na Zara antes disso tudo, porém agora eu não sei mais o que fazer, porque esse tipo de coisa não é certo.
Beezus
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